“Eu to sorrindo mais uma vez, como se não tivesse magoado… Tá pegando fogo por dentro, tá incendiando tudo, tá queimando, machucando e devastando tudo. Eu vou acreditando nas minhas poucas esperanças, elas vão crescendo tão rápido… Minhas esperanças são como um barriu de polvura, as vezes, ele cresce muito para o estouro ser maior. Confesso que hoje eu não esperava que ele crescesse tanto, muito menos que explodisse tão rápido. Eu continuo sorrindo de tudo isso que acontece comigo, fico olhando aos pouco o coração ser torturado, pouco a pouco, um a um… As pessoas chegam a ficar com pena e falam coisas só para me agradar ou para aliviar a dor… Hoje eu não preciso de pena, hoje não mais.
Eu continuo sorrindo, mesmo quando a dor prefere sair pelos olhos, eu prefiro sorrir do que me entregar completamente a esse fogo, mantenho o sorriso mesmo quando eu não posso mais, mesmo quando estou no fundo do meu escuro eu. Mesmo quando as pessoas não me compreendem, até mesmo porque a compreensão nunca fez parte do meu dia-a-dia… Ela não faz parte de mim, ela parece não gostar muito de mim… Ou será do fogo? Não sei.
De tapas na cara, de quedas e de muito fogo, a gente vai construindo quem somos, eu sei…
Esse sorriso tá me deixando forte, pelo menos dando a aparência para que os outros pensem assim. E no fim das contas, o que eu quero saber é até quando vou suportar manter esse sorriso.” - Felipe Ferreira
